Novo artigo da coluna da REMA no Brasil de Fato trata sobre maternidade quilombola

A coluna da REMA no Brasil de Fato é um espaço abastecido mensalmente com textos das pesquisadoras da rede

No mês da Consciência Negra, mais um artigo da coluna da Rede Transnacional de pesquisas sobre Maternidades destituídas, violadas e violentadas (REMA) no jornal Brasil de Fato traz como tema a relação entre racismo e maternidade, desta vez com o enfoque nas mães quilombolas.

O texto, assinado pelo pesquisador Thiago Santana, tem como título “Maternidade Quilombola: entre ancestralidades e desafios racistas no Brasil”.  No artigo, o pesquisador trata sobre o papel central das mulheres na construção e transformação da identidade negra também nos quilombos. 

No entanto, em uma sociedade estruturada pelo racismo, ele aponta que essa sobrecarga é frequentemente interpretada de maneira distorcida. Instituições, como o sistema judiciário, tendem a rotular práticas maternas como negligência, utilizando esse termo como um “guarda-chuva” para abarcar diversas situações.

“Tal abordagem, ampla e vaga, desvia o foco da ausência de políticas públicas eficazes e do racismo estatal que marginaliza as mulheres negras. Em vez de enfrentar as condições estruturais que precarizam suas vidas, o judiciário e o Estado, frequentemente reforça estigmas e negam a sua responsabilidade em promover o bem-estar dessas mães e de suas comunidades”, afirma o autor.

O texto apresenta o caso de Maria das Graças de Jesus, conhecido como Caso Gracinha, uma mulher quilombola, teve suas duas filhas – de um e três anos – retiradas de casa por policiais armados com fuzis, acompanhados por uma assistente social que justificou a ação alegando que as levaria para vacinar.

“Ao não corresponder a esses estereótipos historicamente produzidos para subordinar a mulher negra, Gracinha se torna um corpo que escapa às categorias preconcebidas, sendo desumanizada e reduzida a uma figura abjeta, desprovida de valor humano”, argumenta o autor.

Acesse e leia o artigo completo. 

Imagem de capa: Acervo Brasil/ Facebook