Pesquisadoras da REMA externam preocupação com mudança na presidência da FAPERJ

Em nota, pesquisadoras destacam que a continuidade de avanços da pesquisa no estado do Rio está em risco

 A iminente mudança de presidência na Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) tem gerado apreensão no meio acadêmico, especialmente devido aos avanços conquistados nos últimos anos. Atualmente, a FAPERJ apoia cerca de nove mil pesquisadores, desempenhando papel essencial no fortalecimento da pesquisa científica e tecnológica do Estado do Rio de Janeiro, base essencial para a promoção de políticas públicas em todas as esferas. 

Um dos marcos recentes da gestão da FAPERJ foi a criação de um edital inédito voltado exclusivamente para cientistas que se tornaram mães nos últimos 12 anos, com acolhimento adicional para aquelas com filhos ou filhas com deficiência, independentemente da idade. Essa iniciativa inclusiva e inovadora reflete um compromisso com a equidade de gênero e a promoção de uma carreira científica mais justa para mulheres/mães.

Foram recebidas 363 propostas, resultando na aprovação de 98 pesquisadoras de diversas áreas do conhecimento. O orçamento original do edital triplicou em resposta à alta demanda qualificada, contemplando investimentos tanto em infraestrutura quanto em despesas de custeio para a continuidade dos projetos. Em anos anteriores, outras iniciativas da Fundação também têm visado à promoção de condições de gênero equânimes, como visibilizar e contabilizar os meses de licença maternidade na produtividade requerida em diversos editais. 

No entanto, a continuidade desse e de outros avanços está em risco diante da possível mudança de rumo da presidência. Em um momento de crescente valorização e reconhecimento da importância científica, a REMA externa sua preocupação e afirma a importância da FAPERJ manter o compromisso com a autonomia científica e a promoção do conhecimento em benefício da sociedade.

Imagem de capa: Divulgação

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