Seminário sobre sexualidade e reprodução tem conteúdo disponível online
Evento chamado “Políticas da Reprodução II: perspectivas latino-americanas” aconteceu em abril na UFBA
No final do mês de abril, a segunda edição do seminário “Políticas da Reprodução II: perspectivas latino-americanas” aconteceu na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. Quem tem interesse pelo tema e não pode estar presente não perdeu completamente os conteúdos debatidos. Isso porque estão disponíveis no YouTube os vídeos gravados durante as mesas de debate da programação.
O evento, que teve a primeira edição realizada no IMS/UERJ, no Rio de Janeiro, em setembro de 2022, foi organizado neste ano pelas professoras e pesquisadoras Camila Fernandes (CCI/CEBRAP), Laura Lowenkron (Clam/IMS/Uerj) e Marjorie Murray (UC-Chile/CIIR/VIODEMOS).
A mesa 1 teve como título “Saúde, fertilidade e políticas públicas” e contou com as apresentações das pesquisadoras Alejandra Carreño (UDD), Jaciane Milanezi (CEBRAP/São Paulo), Emanuelle Góes (CIDACS/FIOCRUZ/BAHIA) e Jananína Gentili (IMS/UERJ) e o debate conduzido pela pesquisadora Cecília Mccallum (ISC/UFBA).
Já a mesa 2 chamada de “Micro e macro escalas do trabalho de cuidado” teve as apresentações das pesquisadoras Victoria Castilla (CONICET), Marjorie Murray (UC-CHILE/CIIR/VIODEMOS), Laura Lowenkron (IMS/UERJ) e Camila Fernandes (CCI/CEBRAP), e o debate conduzido pela pesquisadora Ana Paula dos Reis (ISC/UFBA).
Este seminário teve como objetivo promover um diálogo regional entre perspectivas latino-americanas sobre o tema da sexualidade e reprodução, partindo da premissa de que toda reprodução é política (Ginsburg; Rapp, 1995) e/ou toda política é reprodutiva (Briggs, 2017; Fonseca et al, 2021).
A partir de pesquisas socioantropológicas, a proposta foi de aproximar temas variados para discutir as dimensões generificadas, sexualizadas, racializadas e/ou territorializadas das políticas da reprodução.
As mesas reuniram trabalhos que abordam a temática das políticas reprodutivas com foco em diferentes formas de governança de corpos e populações que se estruturam a partir da gestão estatal de problemas sociais e/ou de saúde pública. Outra chave de discussões se voltou ao tema da reprodução social a partir de trabalhos que refletem sobre a dimensão política da organização social e gestão cotidiana do cuidado de crianças e das práticas da parentalidade.
Ao explorar múltiplos sentidos da reprodução (culturalmente interpretados ora como estritamente biológicas, ora como fundamentalmente sociais), a proposta foi a de refletir ainda sobre como políticas reprodutivas mobilizam não apenas (hetero) normatividades, moralidades, violências e desigualdades, mas também desejos, afetos e agências diversificadas.
O evento recebeu os apoios do Centro-Latino Americano em sexualidade e direitos humanos (Clam/IMS/Uerj); Feminismos na Diferença; Viodemos; CIIR (Centro de Estudios Interculturales e Indígenas; Faperj e da Rede Transnacional de Pesquisas sobre Maternidades Destituídas, Violadas e Violentadas (REMA).
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Imagem de capa: créditos da imagem
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